Entendemos intuitivamente que os produtos estão sujeitos a um ciclo de vida - são introduzidos como inovadores e novos e acabam se tornando obsoletos. A gestão do ciclo de vida aplica-se a profissionais de marketing, engenheiros, pesquisadores e gerentes, porque exige um comportamento diferente dependendo de onde um produto está em seu ciclo de vida. O conceito tem implicações para empresas e consumidores, e os ciclos de vida dos produtos oferecem vantagens e desvantagens para ambas as partes.
Entendendo Marketing e Desenvolvimento
Do ponto de vista de marketing e desenvolvimento de negócios, uma das mais fortes vantagens dos ciclos de vida do produto é que eles permitem uma compreensão abrangente de onde os produtos e marcas do portfólio de uma empresa estão atualmente. Por exemplo, se um software está atingindo o estágio de crescimento tardio de seu ciclo de vida, a empresa reconhece que o aumento da concorrência naturalmente levará a lucros decrescentes. Isso significa que os profissionais de marketing que atualmente trabalham no produto podem ser transferidos para outras tarefas, e a equipe de engenharia pode ser reduzida a um nível de manutenção, com outros engenheiros mudando para pesquisa e desenvolvimento para produtos mais novos e mais lucrativos.
Baixa aplicabilidade em determinados mercados
Uma desvantagem da ideia de um ciclo de vida é que não é aplicável em todas as categorias de produtos. Por exemplo, marcas consagradas de alimentos e bebidas sustentam receitas de produtos que existem há anos, alguns até mais de um século, e experimentos com esses produtos centrais provocam reação do consumidor ao invés de aumento do consumo - considere o desastre da "Nova Coca". Na indústria farmacêutica, muitas drogas funcionam tão bem quanto 20 anos atrás. No entanto, a expiração da marca registrada e o correspondente aumento no consumo de genéricos forçam um ciclo de vida artificial nos produtos, com a indústria desenvolvendo suas estratégias com base na lucratividade e não na eficácia.
Inovação, segurança e proteção
Para os consumidores, o ciclo de vida do produto geralmente tem implicações positivas ao impulsionar a inovação, o que leva a produtos mais eficazes e seguros - produtos de limpeza melhoram seu trabalho, câmeras fotografam melhor, computadores são mais rápidos e assim por diante. No software de computador, os ciclos de vida dos produtos também aumentam a segurança, já que os produtos não suportados após o fim de seus ciclos de vida são mais vulneráveis a vírus ou outras doenças do computador. Ao manter os consumidores focados em software nos estágios iniciais ou em desenvolvimento de seu ciclo de vida, as empresas podem manter seus engenheiros concentrados em maximizar a segurança de uma pequena gama de produtos.
Obsolescência planejada
O outro lado da inovação, no entanto, é um fenômeno conhecido como "obsolescência planejada". Como o gerenciamento do ciclo de vida exige efetivamente que os produtos sejam substituídos por novos, as empresas constroem nos estágios finais do ciclo de vida artificialmente. Por exemplo, um fabricante pode introduzir um produto para o novo ano do modelo com plugues incompatíveis com o produto do ano anterior, ou uma empresa de software pode decidir explicitamente parar de oferecer suporte a um produto apenas porque ele é antigo. Isso leva ao desperdício, pois os consumidores são forçados a atualizar, descartando produtos que, em todos os outros aspectos, podem ter funcionado bem.
