As desvantagens da ética comercial internacional

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Anonim

Manter a ética nos negócios é um objetivo valioso para todas as corporações multinacionais, mas nem sempre é possível ou vantajoso. A realidade dos negócios internacionais é que a manutenção dessas obrigações arbitrárias traz graves desvantagens. De muitas maneiras, a obediência a um padrão auto-imposto de ética nos negócios impede a capacidade de uma empresa de obter lucro quando os outros são menos propensos a cumprir obrigações éticas inexeqüíveis semelhantes.

Ética salarial

Poucos consumidores professariam que crianças de 8 anos que trabalham 16 horas por dia em uma fábrica pouco iluminada é ético. E, no entanto, várias grandes corporações multinacionais desconsideram essas questões em favor da produção de um produto a um custo significativamente menor. John M. Wage, autor do livro “Ética para Negócios Internacionais”, explica o dilema que surge quando governos estrangeiros não têm um salário mínimo estabelecido. Nessas situações, as empresas podem contratar trabalhadores estrangeiros e fazê-los trabalhar por menos que um salário habitável.

As corporações que desejam manter uma forte ética nos negócios, pagando aos trabalhadores locais e norte-americanos um salário mais alto pelo mesmo emprego que um trabalhador estrangeiro poderia fazer por menos, enfrentariam uma desvantagem significativa. Como os consumidores geralmente valorizam produtos menos caros do que aqueles que não são fabricados em fábricas clandestinas, as empresas que adotam práticas salariais justas perdem em relação àquelas que não o fazem.

Pagamento de suborno e graxa

Alguns países, particularmente os africanos, estão acostumados a receber "pagamentos de gorduras" como meio de obter tarefas burocráticas em menos tempo ou de agradar as autoridades locais. Por exemplo, um artigo de "Harper’s Magazine" de 2009 explica que a Halliburton pagou US $ 180 milhões a autoridades nigerianas para obter contratos no valor de US $ 6 bilhões. Embora as empresas americanas não tenham permissão para oferecer pagamentos de lubrificantes, em situações como a da Halliburton, a empresa se beneficiou de sua troca, mesmo depois de resolver a questão no tribunal. Assim, outras empresas que cumprem as regras éticas estão em desvantagem para as empresas que não o fazem.

Falta de Exigibilidade

Outra desvantagem de manter a ética nos negócios internacionais é a falta de fiscalização para as outras empresas que infringem as regras. Chad Philips Brown afirma em seu livro, “Self-Enforcing Trade: Developing Countries e WTO Dispute Settlement,” que tarifas alfandegárias baixas são quase impossíveis de serem aplicadas. Portanto, os países que cobram uma alta quantidade por certas importações para proteger sua economia local enfrentam poucas conseqüências, apesar da ilegalidade do ato, conforme delineado pela Organização Mundial do Comércio.

Potencial e consideração

Os consumidores exercem considerável influência sobre o comportamento ético das corporações, particularmente em assuntos internacionais. Por exemplo, a alta demanda por café de comércio justo levou muitas empresas de grande porte, como a Starbucks e a Pete’s Coffee, a oferecê-lo como parte de seus cardápios. Da mesma forma, a demanda do consumidor por produtos de madeira não provenientes de florestas tropicais também está aumentando, o que, por sua vez, inspira as empresas a usar materiais renováveis ​​e sustentáveis, como o bambu. Portanto, um dos mais fortes impulsionadores da ética nos negócios internacionais é o consumidor e seus hábitos de consumo.