Uma nação que busca crescimento impulsionado pelas exportações procura expandir sua economia produzindo bens para venda no exterior. Executada com sucesso, essa estratégia gera um fluxo de dinheiro do exterior que o país pode usar para fortalecer sua economia doméstica e elevar os padrões de vida. Embora essa estratégia tenha ajudado algumas nações a se desenvolver rapidamente - a China, por exemplo -, ela apresenta riscos significativos.
Dependência de Mercados Externos
Para alcançar o crescimento impulsionado pelas exportações, um país primeiro tem que fazer algo que as pessoas em outro país querem comprar, então a estratégia é altamente dependente da demanda externa. Também é altamente dependente de ter acesso a mercados estrangeiros onde essa demanda existe. Um país pode ter um plano para produzir um milhão de carros para exportação, mas esse plano só pode funcionar se pessoas de outros países quiserem comprar um milhão de carros - e somente se os governos desses países permitirem a entrada de carros sem impostos de importação que os tornam tão caros que acabam com a demanda.
Negligência de prioridades domésticas
A capacidade de produção que está sendo usada para fazer produtos para exportação não pode ser usada para atender às necessidades domésticas. Economias altamente desenvolvidas produzem bens tanto para exportação quanto para consumo interno, e importam bens que seriam mais caros (ou impossíveis) de produzir em casa.Os países que buscam crescimento impulsionado pelas exportações, no entanto, têm uma produção voltada principalmente para as necessidades dos consumidores estrangeiros, não dos seus. Enquanto houver um mercado estável no exterior e o dinheiro continuar fluindo, isso pode não ser um problema, já que esse dinheiro pode financiar o desenvolvimento interno e pagar as importações das coisas de que as pessoas precisam. Mas se os mercados de exportação encolherem ou fecharem, o país poderá ficar com capacidade de produção que não pode ser aplicada às necessidades domésticas - um milhão de carros sem ninguém para dirigi-los.
Supressão de Salário
A principal vantagem dos países em desenvolvimento nos mercados de exportação é a mão-de-obra barata, que se traduz em produtos com preços mais baixos. Essa camiseta barata que você está usando pode ter sido feita em um país como o Vietnã ou Honduras. Não é porque os trabalhadores vietnamitas ou hondurenhos fabricam camisas melhores do que os americanos, mas porque o salário deles é muito menor do que a venda de camisetas e o envio para os EUA é mais barato do que simplesmente fazer camisetas aqui. Para sustentar o crescimento impulsionado pelas exportações, um país precisa manter os custos de mão-de-obra baixos para que suas exportações permaneçam competitivas. Isso pode prejudicar o crescimento salarial e impedir que o povo do país desfrute da própria prosperidade que o crescimento liderado pelas exportações deve trazer.
Oportunidade Limitada e Sustentabilidade
As exportações são o que os economistas chamam de um jogo de soma zero. Todos os itens exportados por um país precisam ser importados por outro. Se cada país está tentando crescer através das exportações, então o crescimento será impossível porque ninguém estará importando. Isso efetivamente limita o número de países para os quais o crescimento liderado pelas exportações é uma opção viável a qualquer momento. O crescimento liderado pelas exportações também não é uma estratégia de longo prazo. Os países querem crescimento econômico para que possam elevar os padrões de vida, o que significa salários mais altos, o que corrói sua vantagem de mão-de-obra barata nos mercados de exportação. A produção movimenta-se pelo mundo em busca de mão-de-obra mais barata. A questão é se a liderança política e empresarial do país será sábia o suficiente para usar o dinheiro trazido das exportações para desenvolver a economia, para que seja menos dependente das exportações e, assim, os salários e os padrões de vida possam subir sem quebrar a economia.
