Quais são as desvantagens de fazer negócios na China?

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Anonim

A China tem mais de 1,3 bilhão de pessoas, tornando-se um dos maiores mercados do mundo. Sua economia cresceu rapidamente nas últimas duas décadas. Embora esses fatos façam com que a China pareça atraente para empresas estrangeiras, eles apresentam apenas um lado. Fazer negócios na China também tem várias desvantagens.

Aumento de custos

Historicamente, o custo dos recursos humanos e terrestres tem sido consideravelmente menor na China do que nos mercados vizinhos. Isso está mudando, particularmente nas grandes cidades, de acordo com a pesquisa de 2013 do Conselho de Negócios da China. A demanda por trabalhadores qualificados aumentou, o que significa que as empresas devem competir pelos melhores talentos. Em 2012, cerca de 30% das empresas pesquisadas aumentaram os salários entre 10% e 15%. Enquanto a maioria das empresas ainda está relatando lucros, materiais e custos de terra também são uma preocupação crescente.

Desafios Administrativos

Licenciamento e aprovações de produtos se movem lentamente na China em todos os níveis do governo. Na verdade, mais de 70% das empresas pesquisadas indicaram que sofreram atrasos na obtenção de aprovação para vender produtos, expandir operações ou obter uma licença comercial. O governo central chinês está trabalhando para diminuir o número de aprovações necessárias, mas até agora tem feito pouco progresso, segundo a USCBC. A fiscalização regulatória também é desigual na China, com agentes impondo as regras para empresas de propriedade dos EUA quando não as aplicam para seus concorrentes chineses.

Propriedade intelectual

O governo chinês não protege a propriedade intelectual dos padrões de muitos países ocidentais. Quase metade das empresas pesquisadas pela USCBC indicaram que limitam os produtos que fabricam na China porque as regras de propriedade intelectual não são cumpridas. Algumas empresas sentem que o governo não entende a importância de proteger os segredos comerciais. Um estudo da Deloitte mostra que as empresas estrangeiras estão relutantes em formar parcerias de compartilhamento de tecnologia com empresas chinesas por temer que as empresas locais renunciem a acordos assim que receberem a tecnologia. Enquanto os tribunais estão melhorando, apenas cerca de 20% das empresas processaram com sucesso, informa o USCBC.

Protecionismo

Talvez uma das desvantagens mais problemáticas seja a percepção de que o governo chinês favorece as empresas domésticas em detrimento das estrangeiras. Cerca de 34% das empresas estrangeiras pesquisadas têm evidências tangíveis de que seus concorrentes locais receberam subsídios que não receberam; outros 51% suspeitaram disso, mas não têm provas tangíveis, segundo a USCBC. As empresas também indicam que os concorrentes domésticos obtêm aprovações e licenças de produtos mais rapidamente e recebem tratamento preferencial na obtenção de contratos com o governo. As leis federais também restringem a propriedade estrangeira em vários setores, incluindo serviços financeiros, agricultura, data centers, hospitais e petroquímicos.

Falta de Transparência

Leis e regulamentos nem sempre são publicados e facilmente acessíveis na China, nem os governos federal, estadual e local necessariamente mantêm todos os rascunhos abertos para comentários durante o período total de 30 dias a que estão comprometidos. O Conselho de Estado, por exemplo, publicou menos de 15% de suas próprias regras em 2013. A falta de transparência geralmente contribui para as crenças das empresas estrangeiras de que elas estão sendo tratadas de forma injusta no licenciamento e na fiscalização regulatória.

A infraestrutura

Enquanto a China começou a investir bilhões para melhorar sua infraestrutura, as empresas ainda enfrentam desafios significativos na movimentação de mercadorias. Segundo a "Fortune", a China abriga 20% da população mundial, mas menos de 6% de suas estradas. O país também não possui linhas ferroviárias suficientes e capacidade aeroportuária para permitir e incentivar o crescimento. A China também carece de água suficiente para atender às necessidades de seus moradores, e muito menos de muitas empresas manufatureiras.