De muitas maneiras, a história dos computadores nos negócios anda de mãos dadas com o advento da revolução industrial e os avanços subsequentes em ciência e tecnologia. Com quase todos os avanços em nosso conhecimento de tecnologia de computadores, o mundo dos negócios mudou fundamentalmente, transformando os antigos livros empoeirados das empresas comerciais de Nova York em redes modernas conectando milhões de empresas em todo o mundo e movimentando bilhões de dólares em cabos de fibra ótica.
Pré-história do computador
A história dos computadores nos negócios começa com as primeiras máquinas de tabulação do século XIX. Foram pioneiros como Charles Babbage, frequentemente citado como o "pai da computação", que criou o primeiro dispositivo mecânico conhecido usado para calcular números. Enquanto projetava duas máquinas e construía uma capaz de apenas o mais básico dos cálculos e apenas o armazenamento bruto de memória, a invenção de Babbage estabeleceu o precedente para pensar em dispositivos mecânicos como recursos para a capacidade de processamento de informações dos seres humanos. Nesse sentido, ele é o criador da essência por trás da "tecnologia da informação".
Depois de Babbage, temos o primeiro uso comercial de um computador pelo governo dos Estados Unidos no censo de 1890. Este computador foi capaz de adicionar e ordenar e, portanto, foi particularmente útil no processamento de todas as informações obtidas pelo departamento de recenseamento. Isso foi conseguido através do uso de cartões perfurados em que os dados do censo foram registrados e depois tabulados para produzir os números finais. Seu inventor, Herman Hollerich, mais tarde se tornou instrumental na formação da empresa International Business Machines ou da IBM em 1924.
Deve-se notar que, durante essa idade precoce do uso de computadores nos negócios, o telegrama também ajudou a aumentar o fluxo de informações através das fronteiras, de forma a tornar os negócios mais fluidos e eficientes. Agora se argumenta que esse período pode ser pensado como uma espécie de "primeira globalização", espelhando a disseminação do comércio internacional em nosso próprio tempo. Assim, a combinação do telegrama e das primeiras máquinas de tabulação mecânica do final do século XIX e início do século XX pode ser considerada análoga ao computador pessoal e à Internet em tempos mais contemporâneos.
A ascensão do computador moderno
À medida que nossa compreensão da eletricidade aumentou no início do século XX, tornou-se possível substituir muitas das partes altamente mecânicas dos primeiros computadores, por componentes elétricos como os tubos de vácuo. O resultado disso foram os primeiros computadores capazes de cálculos mais complexos, como as máquinas de computação binária de Konrad Zuse. Com a construção começando em 1936 e terminando em 1938, este computador foi o primeiro a usar o sistema de código binário ainda usado até hoje.
A tecnologia básica para o computador moderno foi desenvolvida para uso na Segunda Guerra Mundial. Exemplos disso incluem o "Colossus", o primeiro computador completamente eletrônico do mundo desenvolvido pelos britânicos para quebrar códigos alemães, e o Harvard Mark I, que foi o primeiro computador capaz de ser totalmente programado.
Depois da guerra, os criadores do computador ENIAC, usado para processar os cálculos da bomba atômica, produziram o UNIVAC. Esse computador foi o primeiro do tipo moderno a ser usado nos negócios e, como seus predecessores mecânicos, foi vendido para o Census Bureau em 1950. Ao longo dos anos 50, os computadores eram cada vez mais usados para processar grandes quantidades de dados e começavam a entrar em contato. uso para projetos de alta tecnologia e fabricação, exigindo cálculos complexos.
O uso do computador se torna normal
Quando o transistor foi inventado em 1947, isso permitiu que fossem desenvolvidos computadores que pudessem processar informações 1.000 vezes mais rápido do que os computadores anteriores, sem o imenso volume e espaço necessários. Quando o chip de circuito integrado foi desenvolvido em 1958, aumentou sua capacidade de processamento e pavimentou o caminho para o trabalho de Gordon Moore, que postulou a "Lei de Moore". Como o circuito integrado poderia ser feito de maneira cada vez mais complexa, Moore argumentou que sua complexidade dobraria a cada ano, enquanto seu preço permaneceria o mesmo. O fato de Moore ter sido comprovado ao longo dos anos é talvez a maior razão pela qual o uso de computadores nos negócios cresceu exponencialmente nos últimos quarenta anos.
Com transistores mais complexos, os computadores diminuíram de preço e tamanho o suficiente para serem usados por muitas corporações em todo o mundo, sendo utilizados para gerenciar inventários, folhas de pagamento, arquivos e produzir uma ampla variedade de relatórios. Isso permitiu que as empresas aumentassem a eficiência e a produtividade e ajudaram a criar alguns dos primeiros empregos diretamente relacionados à tecnologia da informação.
O computador pessoal é nascido
Como o microprocessador foi inventado em 1972, o poder dos computadores aumentou, enquanto seu tamanho diminuiu substancialmente. Com o processamento agora situado dentro de um chip muito pequeno, os computadores pessoais poderiam ser desenvolvidos e disponibilizados ao público. Pela primeira vez, os próprios computadores se tornaram um produto que poderia ser vendido para as massas. A IBM foi a primeira a tirar proveito disso, produzindo seu IBM PC em 1981, e inovadores como Steve Jobs seguiram o exemplo com a criação da Apple Computer e sua subsequente linha "Macintosh".
A Revolução Digital
No final dos anos 80 e início dos anos 90, a inovação nos computadores era focada não apenas nos avanços em hardware, mas também em software. Isso incluiu o desenvolvimento do Microsoft Windows, que permitiu uma experiência muito mais amigável, tornando os computadores ainda mais disponíveis para o público em geral e também no ambiente de negócios. A essa altura, os computadores estavam sendo rotineiramente usados para a criação de logotipos, design de produtos, processamento de texto, compilação de relatórios e, é claro, cálculos cada vez mais complexos usados na indústria de alta tecnologia.
Computadores, Negócios e Internet
Com o advento e uso generalizado da Internet no final da década de 1990, os negócios se beneficiaram de uma explosão de ganhos de eficiência, incluindo a capacidade de coordenar projeto, fabricação, distribuição e vendas, através de sistemas de computadores e das redes que os conectavam. Além disso, o comércio global em tempo real era possível de uma forma nunca antes vista, mudando a forma como as transações eram realizadas e enfraquecendo a relevância dos estados-nações no processo.
À medida que as larguras de banda mais altas se tornaram disponíveis, a teleconferência e o deslocamento eram acessíveis e eficazes, permitindo a terceirização e outros recursos de trabalho remoto dos negócios do século XXI.
Tendências atuais
Atualmente, o ambiente de negócios está se beneficiando da miniaturização e maior portabilidade dos computadores. Desde os primeiros laptops nos anos 90 até os net books, PDAs e smart phones de hoje, tornou-se cada vez mais possível trabalhar em movimento, algo que parece estar obscurecendo a linha entre a vida profissional das pessoas e a experiência doméstica.