Desvantagens dos acordos de livre comércio

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Anonim

Acordos de livre comércio, ou ALCs, são acordos entre dois ou mais países para reduzir as barreiras comerciais, como tarifas e cotas de importação. Embora os acordos comerciais facilitem a compra de produtos entre os países, os países também podem causar sérios problemas.

Práticas Laborais

Acordos de livre comércio tornam mais fácil para as grandes empresas importar produtos de países pobres, porque as barreiras comerciais mais baixas lhes permitem tirar proveito dos custos de mão-de-obra barata. O problema é que a mão-de-obra barata geralmente tem um alto custo humano.

Depois que a Jordânia assinou um acordo de livre comércio com os Estados Unidos em 2001, por exemplo, as sweatshops proliferaram no país, de acordo com um relatório de 2006 O jornal New York Times. Os principais varejistas americanos encomendaram milhões de dólares em roupas da Jordânia, onde os fabricantes prometiam preços baixos. Eles mantiveram essa promessa supostamente forçando os funcionários a trabalhar até 20 horas por dia, muitas vezes por menos do que o salário mínimo obrigatório pelo Estado. Sem o acordo de livre comércio, é improvável que os varejistas americanos tivessem feito tantas encomendas na Jordânia, porque as barreiras comerciais tornariam as roupas muito caras.

Destruição ambiental

Acordos de livre comércio podem causar imensos danos ao meio ambiente, permitindo que as empresas mudem suas instalações de manufatura para nações com pouca ou nenhuma regulamentação ambiental e aumentando o acesso a recursos naturais nessas nações. Antes do Acordo de Livre Comércio da América do Norte se tornar lei em 1993, havia pouca demanda por madeira ou minérios de metal do México. Em um relatório de 2014, o Sierra Club afirma que o NAFTA estimulou a criação de operações de mineração mal reguladas e altamente destrutivas no México que não existiriam sem o acordo comercial.

Perda de Indústria Doméstica

Acordos de livre comércio freqüentemente danificam as indústrias domésticas de um país, expondo-os à concorrência de produtores estrangeiros com custos mais baixos. Por exemplo, os críticos do NAFTA argumentam que prejudicou as indústrias norte-americanas porque os baixos custos trabalhistas no México permitiram que os fabricantes mexicanos prejudicassem os produtores americanos. O Economic Policy Institute argumentou que, até 2010, o NAFTA havia transferido mais de 600.000 empregos americanos para o México. Da mesma forma, o Conselho de Assuntos Hemisféricos argumenta que o NAFTA quase destruiu o setor agrícola mexicano inundando o país com safras americanas baratas.

O "Noodle Bowl"

Embora os defensores dos acordos de livre comércio enfatizem sua capacidade de melhorar a eficiência econômica, alguns acordos podem criar teias complexas de regulamentos que realmente prejudicam as empresas. O problema é que cada acordo comercial bilateral inclui vários regulamentos que definem produtos, taxas de impostos, pontos de origem e outros aspectos do comércio. As dezenas de acordos bilaterais diferentes no mundo criam complexidades legais para compradores e vendedores. Por exemplo, de onde vem uma camiseta feita no Vietnã com algodão cultivado nos Estados Unidos? Sob um acordo, a resposta pode ser o Vietnã, enquanto outro chamaria a camisa americana. Alguns economistas chamam essas teias ou regulamentos emaranhados de "tigela de macarrão" de livre comércio e argumentam que os acordos bilaterais fazem mais mal do que bem.

De acordo com a Global Accounting Alliance, tudo o que acrescenta complexidade pode realmente aumentar os custos de transação para as empresas, que muitas vezes têm de contratar advogados e contadores para navegar no ambiente regulatório. As despesas adicionais podem dar às empresas grandes uma vantagem competitiva sobre as pequenas empresas, já que as grandes empresas podem lidar com os custos gerais maiores de litígios e conformidade.